Terminou o Campeonato do Mundo da Rússia e, para além das análises futebolísticas, na Boomer fazemos também o balanço dos novos avanços tecnológicos que marcaram a competição este ano.

Comecemos por aquele que é provavelmente, o menos polémico e com a menor margem de erro e com melhores resultados:

Tecnologia da Linha de Golo (Goal-Line Technology)

Esta tecnologia não é nova e surgiu pela primeira vez no Campeonato do Mundo do FIFA Brasil em 2014, e o francês Karim Benzema foi o primeiro jogador a beneficiar desta tecnologia quando viu um golo seu ser validado contra as Honduras, num lance em que a bola cruzou a linha de golo por apenas alguns milissegundos.

Todos os estádios da competição são equipados com a tecnologia que processa informações de 14 câmeras de alta velocidade e envia um sinal no espaço de um segundo para o relógio do árbitro indicando quando a bola cruzou a linha.

Outra tecnologia que veio para ficar foi o 4K UHD Video e o VR.

Embora já tenha havido testes em 4K no Brasil 2014, esta é a primeira vez que um sinal 4K foi disponibilizado para as emissoras.

Alguns operadores como a BBC também disponibilizaram um feed de RV, disponível através dos aplicativos como o BBC Sport VR, que permitiram que os espectadores se sentissem como se estivessem num camarote no estádio.

 

5G

Este Campeonato do Mundo chegou um pouco cedo para o 5G, mas tanto a TMS quanto a Megafon, parceiros oficiais de telecomunicações, realizaram testes da tecnologia na Rússia durante o evento.

Espera-se que as redes 5G estejam comercialmente disponíveis em 2019, oferecendo velocidades mais rápidas, maior capacidade e latência ultrabaixa. Isto representará uma melhor conectividade para os adeptos num estádio de futebol no futuro, bem como novas experiências para os utilizadores.

 

Adidas Telstar ball

O aspeto mais interessante relativamente à nova bola do mundial, é a inclusão de um chip Near Field Communication (NFC). NFC é a mesma tecnologia que impulsiona o Apple Pay e o Android Pay e permite que a bola se comunique com um smartphone.

Neste momento, a funcionalidade é limitada a informações e desafios do produto. No entanto, é a primeira vez que um chip NFC é incluído numa partida de futebol, de modo a preparar o caminho para futuras versões que poderão ser ainda mais inteligentes.

 

Desempenho Eletrônico e Sistemas de Rastreamento

A terceira grande tecnologia escondida que a FIFA disponibilizou em cada partida da Copa do Mundo FIFA 2018 da Rússia consiste em várias ferramentas e equipamentos de comunicação para ambas as equipas. As equipas técnicas e médicas têm estações de trabalho dedicadas na tribuna da comunicação social e uma linha dedicada para se ligarem com as respetivas equipas no banco.

Os dados posicionais de duas câmeras de rastreamento ótico localizadas na bancada central que rastreiam os jogadores e a bola estarão disponíveis em tempo real para os analistas, juntamente com imagens ao vivo de câmeras táticas selecionadas. Os insights das informações técnicas e a comunicação disponibilizada permitem uma interação constante em tempo real que pode alimentar decisões durante a partida.

VAR – vídeo-árbitro

Por último, o mais polémico. Após a introdução bem-sucedida da tecnologia da linha de golo, há quatro anos, o mundo do futebol pediu mais ferramentas para apoiar ainda mais os árbitros para decisões cruciais.

Após dois anos de teste com centenas de jogos de teste (entre os quais, os da liga portuguesa), o International Board (IFAB) deu a luz verde em março de 2018 para o uso do vídeo-árbitro (VAR) no futebol.

Os árbitros do Campeonato do Mundo puderam decidir, contar com as informações verbais do assistente de vídeo ou rever as imagens de vídeo dos lances no campo de jogo com recurso a um monitor antes de tomar sua decisão.

Esta nova tecnologia, baseada em equipamentos de transmissão e áudio, foi personalizada ao longo dos últimos dois anos para as necessidades específicas do futebol, a fim de melhor atender a filosofia primordial do VAR “mínimo de interferência, máximo benefício”.

Como esta tecnologia continua a dar a última palavra à análise subjetiva dos árbitros, a margem de erro continua a ser substancial.

 

 

 

 

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