Para quem é da área do marketing e da comunicação, não estou a dar novidade nenhuma, certo? A questão que se coloca é: de que forma é que a tua marca se pode diferenciar e destacar no digital em 2017?
É verdade que há alguns anos o digital parecia um mundo distante e algo “obscuro” sobretudo para as micro e pequenas empresas. Com a democratização dos smartphones e dos tablets – nota que, atualmente, 80% dos utilizadores de internet têm um smartphone! – todo um novo mundo se abriu tanto para consumidores como para marcas. O mobile é, hoje, o maior desafio das marcas que querem comunicar com os seus consumidores/clientes com qualidade e em tempo real, dando respostas imediatas e de valor para pessoas que “não têm tempo para nada” e que estão “sempre ligadas”. Para além disso, em termos de SEO o mobile é cada vez mais decisivo para as pesquisas no GOOGLE, ou seja, se o site não é mobile-friendly vai ter de esperar na fila, que é como quem diz, vai aparecer – na melhor das hipóteses – na 2ª página de resultados do GOOGLE. Quem trabalha em marketing sabe que a 2ª página é como o Iraque como destino de férias – sabemos que existe, mas ninguém lá quer ir.
E por falar em férias, quem não se lembra da “febre” do Pokémon Go? A verdade é que, embora com muito menos buzz agora, o jogo veio afirmar a realidade virtual e a realidade aumentada como poderosas ferramentas de interação com as marcas.
Em 2017, o vídeo será rei e senhor do digital! E porquê? Porque estima-se que 69% de todo o tráfego da internet seja vídeo este ano. O vídeo 360º e o vídeo em direto, por exemplo, são tendências que se afirmaram em 2016, em parte impulsionadas pelas redes sociais e que mudaram, definitivamente, a forma como marcas e consumidores comunicam e consomem conteúdos. Na verdade, ainda há um universo de possibilidades no que respeita à comunicação, que serão sobretudo potenciadas pela inteligência artificial. Se os chat bots pareciam uma cena do “Regresso ao Futuro” ainda há bem pouco tempo, hoje, marcas e consumidores conversam entre si através de “assistentes virtuais”, robots que até fazem vendas e entregas de produtos! Hoje a realidade imita a ficção e Spielberg é, afinal, um visionário!
Mas o que fazer com tanta tecnologia se não temos conteúdo relevante? Pois, a resposta certa é… nada! Os consumidores/clientes querem, mais do que nunca, conteúdo relevante – querem experiências imersivas, querem “fazer parte da história” (o “storytelling” já não chega, tem de ser informal, autêntico), querem sentir-se parte integrante do mundo da marca, querem confiança, querem genuinidade, querem emoção… Quem não quer, certo?